O estou é um projeto da Associação sem fins lucrativos Semeiabraços, que nasce do repto lançado por um grupo de médicos,
preocupados e comovidos com os seus doentes e que tem como objetivo o combate ao isolamento social dos doentes internados.
Os vínculos afetivos, a voz que não se ouve, o sorriso que não se vê, a palavra que não se diz,
são o que de mais duro enfrentam os doentes, os idosos e os seus familiares durante os períodos de internamento e isolamento.
A falta de contacto, a impossibilidade de partilha de ansiedades, medos ou vivências, contribui para um estado anímico pouco promissor.
Não se trata de uma inevitabilidade, com recurso à tecnologia, podemos facilitar esses contactos,
podemos manter esses vínculos e com isso, dar um contributo valioso para vencer este imenso desafio.
Com o recurso a tablets dotados de um software muito simples, os doentes, com apenas um click, poderão fazer uma videochamada,
e para além da voz, também o olhar se associará à comunicação, possibilitando que a linguagem não verbal chegue
ao que as palavras não dizem. O dispositivo usará um software específico, cedido ao estou, que possibilita reduzir as barreiras
para os doentes menos familiarizados com as novas tecnologias e aceder ao essencial, combater o isolamento dos doentes internados,
ouvir e ver os seus entes queridos.
O que nos diferencia das diferentes soluções já encontradas pelos serviços?
Enquanto que a grande maioria das soluções encontradas pelos serviços do SNS implicam a partilha
de equipamentos entre os doentes com os desafios de prevenção de infecção cruzada e de gestão de agendamentos com
os familiares que daí advêm) o estou tem acesso a um software específico para ser usado por doentes menos habituados às novas tecnologias
e fica na unidade do doente durante todo o internamento, permitindo contactos entre doente e família mais frequentes, mais prolongados
e sem intervenção dos profissionais de saúde. Os tablets são entregues bloqueados ao uso de outras aplicações para que não se desvirtue
a intenção original do projecto com outros propósitos.
Ao conhecer o projeto espanhol “Acortando la
distancia”, que combate o isolamento dos doentes internados, um grupo de médicos tomou a iniciativa.
Falaram com a Luísa Machado, profissional de saúde ligada às novas tecnologias, que em face da pertinência e
da importância de o replicar em Portugal, assumiu o compromisso.
Desafiou a Cândida Santos, reconhecida profissional na área de Recursos Humanos e Liderança, que por sua vez
desafiou o André Jacques, pelo muito que sabe de Marketing e Comunicação. E assim o sonho da Luísa passou a ser o nosso sonho.
Estamos juntos pelo entusiasmo de termos entre mãos e com a ajuda de todos, a possibilidade de fazer a diferença, de um só modo, unindo esforços.
O nosso propósito é possibilitar a comunicação entre doentes internados em unidades hospitalares com os seus familiares, para com isso: |
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COMBATER O ISOLAMENTO, promovendo o contacto dos doentes com as suas pessoas significativas; | |
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PROMOVER A COMUNICAÇÃO EM VIDEOCONFERÊNCIA, permitindo uma conexão mais rica, com recurso à linguagem não verbal; | |
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BAIXAR OS NÍVEIS DE ANSIEDADE dos doentes e seus familiares; | |
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FACILITAR À FAMÍLIA E PROFISSIONAIS DE SAÚDE o apoio emocional aos doentes internados, bem como, a obtenção de informações. |